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Minério de ferro se recupera com demanda em alta, contornando ameaças tarifárias

Nesta segunda-feira (10), os contratos futuros de minério de ferro apresentaram um crescimento significativo, revertendo as perdas iniciais causadas pelas recentes ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O mercado reagiu positivamente à recuperação da demanda na China e à queda nas exportações dos principais produtores, como Austrália e Brasil.

O contrato de maio do minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE), na China, fechou o dia com um aumento de 0,79%, alcançando 826,5 iuanes (US$ 113,16) por tonelada, o maior valor desde 10 de dezembro de 2024. Já o contrato de referência de março na Bolsa de Cingapura subiu 0,76%, para US$ 107,15 a tonelada, tocando o preço mais alto desde 16 de outubro de 2024, ao atingir US$ 107,5 por tonelada logo no início das negociações.

O impulso para os preços veio de sinais de recuperação na demanda pelo minério, principal matéria-prima na fabricação de aço. A produção diária de metal quente na China, frequentemente usada como indicador de demanda por minério de ferro, cresceu 1,3% em relação aos dados anteriores ao feriado do Ano Novo Lunar, atingindo 2,28 milhões de toneladas, conforme dados da consultoria Mysteel.

Além disso, a diminuição das exportações de minério de ferro da Austrália e do Brasil, que caíram 32% para 18,98 milhões de toneladas na semana encerrada em 9 de fevereiro, contribuiu para fortalecer a percepção do mercado, aliviando o impacto das ameaças tarifárias de Trump.

Apesar das tensões comerciais geradas pela proposta do presidente dos EUA de impor uma tarifa adicional de 25% sobre as importações de aço e alumínio, os preços do minério conseguiram se recuperar, refletindo um otimismo cauteloso, impulsionado pela recuperação da demanda e pela redução nas exportações.

Fonte: CNN